Olivier Leducq, diretor-presidente do grupo sucroalcooleiro francês Tereos, manifestou oposição ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul nos termos atuais, alegando que isso teria impactos significativos nos setores de açúcar e etanol. Segundo reportagem do Valor Econômico, o executivo expressou preocupações sobre a concorrência desleal que os produtos importados, que não seguem os mesmos padrões ambientais e sociais, poderiam representar para os agricultores franceses, especialmente em um momento em que eles estão adotando práticas agrícolas regenerativas.
Leducq enfatizou que a produção agrícola na França precisa ser competitiva frente aos desafios agronômicos e ambientais, e que o acordo, tal como está, comprometeria essa ambição. A Tereos Açúcar & Energia Brasil, filial do grupo, esclareceu que os comentários de Leducq visam a necessidade de um debate mais aprofundado sobre as diferenças regulatórias que afetam a competitividade entre os blocos comerciais, sem questionar a qualidade dos produtos ou o compromisso do Brasil com práticas sustentáveis.
A França é um dos principais opositores ao acordo, devido aos temores de impactos negativos sobre seus produtores rurais. O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, mencionou que há expectativa de que o acordo seja anunciado na cúpula do Mercosul, marcada para 5 e 6 de dezembro no Uruguai.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)
