O Valor Econômico desta quinta-feira (08/02) apresentou os números que a Raízen, empresa integrada de energia que atua na produção de açúcar e biocombustíveis e na distribuição de combustíveis, anunciou em relação ao seu lucro líquido, no terceiro trimestre do ano-safra de 2023/24. São R$ 779,2 milhões contra R$ 174,2 milhões de igual período do ano anterior.
A produtividade agrícola foi a principal alavanca de resultado da companhia com um importante ganho de produtividade superior ao setor. No mesmo período, a Índia anunciava sua opção de aumentar a produção de etanol, reduzindo a oferta de açúcar no mercado. No Brasil, entretanto, houve uma supersafra da commodity, consequentemente beneficiada pelo aumento de preços mundial.
A companhia, no período, teve receita líquida de R$ 58,49 bilhões, queda de 3,1% em um ano, refletindo sobretudo os preços menores de combustíveis. Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 32,5% frente ao mesmo trimestre do ano-safra anterior, a R$ 3,9 bilhões.
As apostas da empresa, agora, são sobre o etanol de segunda geração (E2G), por possibilitar ampla margem de crescimento. Segundo descreve a reportagem, trata-se de um produto com quase três vezes mais valor agregado, comparado ao etanol hidratado. A companhia deve iniciar a operação da maior usina de etanol 2G do mundo, o Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP) em breve.
Nessa direção, a Raízen sai dos 30 milhões de litros para 70 milhões ainda este ano. Há também mais quatro plantas em fase de construção, cuja capacidade produtiva por unidade é de 82 milhões de litros. Até 2028 serão nove fábricas em operação e as projeções de produção acenam para 1,6 bilhão de litros.
Fonte original: Valor Econômico.