
A relação de troca entre fertilizantes e produtos agrícolas voltou a melhorar no Brasil, com nitrogenados e potássicos retornando a níveis próximos da média histórica, aponta o Itaú BBA em relatório de novembro. A queda das cotações internacionais após a volatilidade gerada pelo conflito entre Israel e Irã reduziu os preços internos, com o MAP atingindo a mínima do ano e a ureia voltando aos valores de 2024.
A melhora favorece o planejamento da safrinha de 2026 e até antecipações para a safra 2027. Mesmo assim, os fosfatados continuam acima da média histórica, ainda pressionando operações que dependem de MAP. O café é a exceção: com preços elevados em 2025, registra suas melhores relações de troca no histórico da consultoria.
O mercado também avança para fontes mais baratas e diluídas. O sulfato de amônio passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio, enquanto SSP e TSP ganharam espaço frente ao MAP. O movimento aparece nas importações: entre janeiro e outubro, o país comprou mais SAM que ureia e mais SSP que MAP, algo inédito.
Apesar do recuo global dos preços, o câmbio segue como fator crítico, podendo neutralizar parte da competitividade dos fertilizantes em um cenário internacional ainda instável.
Fonte: Presente Rural