Comissão de Agricultura aprova troca de “agrotóxico” para “defensivos agrícolas”

Foto: Getty Images

A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou hoje o projeto que altera a lei para trocar o termo “agrotóxico” por “defensivo agrícola”. Para o deputado Nelson Barbudo (PL-MT), relator da matéria, trata-se de justiça ao agro e reconhecimento da importância real do setor.

“Por décadas se usou a expressão ‘agrotóxico’, que carrega viés negativo e ignora que o agro brasileiro produz alimento para o Brasil e para o mundo. O termo ‘defensivo agrícola’ traduz com mais fidelidade a função desses insumos: defender a lavoura, garantir segurança alimentar e valorizar o produtor”, afirmou o deputado.

Por que a mudança era necessária

O termo “agrotóxico”, originado de agros (campo) e tokicon (veneno), surgiu há quase meio século e nunca acompanhou a evolução da agricultura moderna. Hoje, os produtos usados para proteger as lavouras são resultado de tecnologia, pesquisa e rigor científico, cada vez mais seletivos e seguros. Chamar esses insumos de “tóxicos” é reduzir a importância de um setor que movimenta a economia e alimenta o mundo.

A nova terminologia — defensivo agrícola — traduz o que realmente acontece no campo: o produtor defende sua lavoura, garante a produtividade e assegura a segurança alimentar da população.

A força do agro brasileiro

Em 2024, o PIB do agronegócio atingiu cerca de R$ 2,72 trilhões, sendo R$ 1,9 trilhão apenas do ramo agrícola. Para 2025, a estimativa é de crescimento para R$ 3,79 trilhões, o que reforça o agro como motor da economia nacional. No primeiro trimestre de 2025, o setor registrou alta de 12,2%, impulsionando o PIB brasileiro e garantindo recordes de exportação.

“Esses números comprovam que o agro não é o vilão que alguns tentam pintar, mas sim a coluna vertebral da economia e o responsável por manter o Brasil como potência mundial na produção de alimentos”, lembrou Barbudo.

O que vem a seguir

A proposta, de caráter conclusivo nas comissões, ainda será analisada pela Comissão de Defesa do Consumidor e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Sendo aprovada, o Brasil se alinha ao padrão internacional de nomenclatura, adotado por países de ponta na agricultura, onde os pesticidas são reconhecidos como defensivos agrícolas — produtos que protegem as lavouras e tornam possível o consumo em larga escala de alimentos de qualidade.

“É isso que queremos para o Brasil: um país que valoriza o agro, desmistifica o preconceito e reconhece a importância de quem trabalha de sol a sol para alimentar o planeta”, afirmou o deputado Nelson Barbudo.

Fonte: Notícia e Fatos