Agenda SP + Verde: uso do etanol da cana-de-açúcar ganha protagonismo na transição energética

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Realizado no Palco Justiça Climática durante o Summit Agenda SP+Verde, o painel “Etanol: Solução Pronta Para a Descarbonização do Setor de Transportes” colocou o uso do etanol de cana-de-açúcar no centro das discussões sobre sustentabilidade e inovação. O debate destacou os avanços do setor sucroenergético brasileiro, seus padrões de produção e o protagonismo do etanol na transição para uma economia de baixo carbono.

Participaram do painel André Valente, Diretor de Sustentabilidade da Raízen, e Danilo de Morais Veras, Public Affairs LAM da A.P. Moller Maersk, que discutiram desafios e soluções para ampliar o uso do etanol em diferentes modais de transporte, especialmente o marítimo. Eles ressaltaram que a descarbonização do setor depende não apenas do combustível limpo, mas também de planejamento e infraestrutura integrada, com investimentos em portos, dutos e logística — um verdadeiro ecossistema portuário sustentável.

O modelo brasileiro de produção de etanol foi apontado como um case de sucesso. A combinação entre inovação e tecnologia foi apresentada como chave para uma transição energética eficaz e de baixo carbono.

André Valente destacou a importância da produção sustentável e do papel das políticas públicas no fortalecimento da matriz energética limpa. “O Brasil tem um modelo robusto de produção de etanol que alia produtividade, inovação e sustentabilidade. O desafio agora é ampliar a aplicação dessa solução em diferentes setores, consolidando o etanol como vetor estratégico da transição energética nacional.”

Para Danilo de Morais Veras, o uso do etanol em embarcações representa um novo horizonte para o transporte sustentável. “O etanol é uma solução pronta e comprovada para a descarbonização do setor de transportes. Seu uso em diferentes modalidades, incluindo a marítima, está em estudo e pode demonstrar como tecnologia e inovação podem gerar impactos ambientais significativos e impulsionar o desenvolvimento sustentável. É preciso pensar verde para que a economia dos recursos não se sobreponha ao compromisso ambiental.”

Sobre o evento

O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde.

A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.

Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular.

Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.

O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.

Por Agência SP

Fonte: Portal GPN