PCC entra no comércio ilegal de defensivos agrícolas falsificados

Foto: Reprodução/MPSP

O Primeiro Comando da Capital (PCC) passou a explorar o comércio ilegal de defensivos agrícolas. A investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) mostrou que a facção participa da falsificação e do contrabando desses produtos, com atuação concentrada no interior paulista. A informação é do portal UOL.

Uma operação que investigava agiotagem em Franca, no interior de São Paulo, identificou o envolvimento do grupo. Mensagens interceptadas mostraram dois integrantes do PCC que negociavam defensivos agrícolas destinados a lavouras de café. Eles chegaram a mencionar o recebimento de R$ 40 mil e ameaçaram incluir um comprador inadimplente em uma “lista negra”. As autoridades prenderam os dois.

Em julho, o MP-SP apreendeu mais de 30 mil embalagens usadas na falsificação desses produtos. A operação foi considerada uma das maiores do tipo já registradas no Estado. Atualmente, esse mercado ilegal movimenta quase R$ 21 bilhões por ano no Brasil

Como o PCC e outros grupos operam no mercado paralelo

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico Social de Fronteira, o mercado paralelo de defensivos agrícolas depende de quatro práticas ilegais: roubo de cargas, falsificação de produtos, contrabando e desvio de finalidade.

Grande parte do contrabando ocorre pelo Paraguai, que autorizou o uso do princípio ativo benzoato de emamectina em 2019. Para reduzir o risco de apreensão, as quadrilhas chegam a pagar os tributos locais e legalizar o produto no país vizinho antes de transportá-lo clandestinamente ao Brasil.

Fonte: Revista Oeste