
Os preços do açúcar voltaram a cair nesta terça-feira (28), refletindo o cenário de ampla oferta e a continuidade da expectativa para a safra das principais regiões produtoras do mundo. Com isso, em Nova Iorque os futuros mais próximos seguem cotados em torno de 14 cents/lbp.
O contrato março/26 de Nova Iorque recuou 0,09 cent, negociado a 14,37 cents/lbp (-0,62%). O maio/26 caiu 0,06 cent, para 14,02 cents/lbp (-0,43%). O julho/26 perdeu 0,06 cent, cotado a 13,95 cents/lbp (-0,43%), enquanto o outubro/26 encerrou em 14,19 cents/lbp, com baixa de 0,06 cent (-0,42%).
Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 caiu 510 pontos, a US$ 417,10/tonelada (-1,21%). O março/26 recuou 470 pontos, para US$ 411,50/tonelada (-1,13%). O maio/26 perdeu 400 pontos, cotado a US$ 407,70/tonelada (-0,97%), e o agosto/26 fechou em US$ 404,60/tonelada, com baixa de 400 pontos (-0,98%).
De acordo com Jack Scoville, analista da Price Futures Group, as perspectivas de boa oferta global permanecem sólidas, impulsionadas pelas condições favoráveis de cultivo em diversas regiões.
Ele destacou que a produção no Centro-Sul do Brasil segue forte, enquanto as safras de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia vêm sendo beneficiadas por boas chuvas neste ano. Além disso, a maior atratividade da produção de açúcar em relação ao etanol no Brasil tem ampliado a oferta do adoçante.
Scoville acrescenta que a expectativa de um superávit global na temporada 2025/26 mantém o mercado na defensiva, especialmente diante de um consumo mundial estável.
Na segunda-feira, a Reuters citou uma análise da ADM Investor Services que reforçou o viés de baixa, apontando que, apesar da boa expectativa de oferta, a demanda de longo prazo segue fragilizada. “Nenhuma ameaça significativa à produção surgiu este ano, e as expectativas de demanda de longo prazo são prejudicadas pelo sucesso dos medicamentos para perda de peso”, observou a corretora.
Fonte: Notícias Agrícolas