Produção de etanol nos EUA se aproxima de recorde com aumento das exportações e estoques em queda

Usina de etanol de milho nos EUA – Foto: Steven Vaughn/USDA

A produção de etanol dos Estados Unidos voltou a crescer na semana encerrada em 17 de outubro, aproximando-se de recorde histórico. O aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas no mercado externo, refletindo a crescente demanda internacional pelo combustível renovável.

Produção e estoques de etanol nos EUA

Segundo dados da Administração de Informação de Energia (EIA), a produção diária de etanol subiu 3,5%, passando de 1,074 milhão para 1,112 milhão de barris por dia — o nível mais alto desde o recorde de 1,12 milhão de barris diários, registrado em junho.

Ao mesmo tempo, os estoques caíram 3,1%, de 22,6 milhões para 21,9 milhões de barris, ficando abaixo da marca de 22 milhões pela primeira vez desde outubro do ano passado. Cada barril equivale a 159 litros.

Analistas consultados pelo The Wall Street Journal destacaram que os números superaram as expectativas, já que o limite superior das projeções para produção era de 1,093 milhão de barris por dia, e o limite inferior das previsões para estoques era de 22 milhões de barris.

Exportações impulsionam crescimento

A semana também registrou aumento nas exportações, que passaram de 108 mil para 130 mil barris, alta de 20%. Nos primeiros sete meses de 2025, cerca de 13% do etanol produzido nos EUA foi exportado, com o Canadá sendo o maior comprador.

A Holanda se destacou ao quase dobrar suas importações de etanol americano, aproveitando sua posição estratégica como um dos portos mais movimentados da Europa. A EIA observa que, com o aumento das importações holandesas, houve também crescimento das exportações para Reino Unido, França e Irlanda, fortalecendo o comércio internacional do biocombustível.

Perspectivas do mercado

O aumento da produção e o recuo nos estoques indicam que a demanda por etanol continua firme, impulsionada tanto pelo consumo interno quanto pelas exportações. Especialistas do setor apontam que o mercado internacional deve seguir como principal fator de suporte à produção americana nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio