Exportações brasileiras de etanol têm alta em agosto, para 181,56 milhões de litros

Porto do Arco Norte do país — Foto: Divulgação/Codesp

Seguindo a movimentação do mês anterior, as exportações brasileiras de etanol cresceram em agosto. No mês, 181,56 milhões de litros do biocombustível foram destinados a outros países, alta de 23,2% ante julho. No mesmo período do ano passado foram despachados 158,16 milhões de litros, de modo que o volume atual representa um aumento de 14,8%.

Os dados detalhados de exportações foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira, 4. O preço médio, por sua vez, passou por um incremento mensal de 1,8%, mas queda anual de 7,5%, para US$ 548,13 por metro cúbico. Com a alta no volume negociado, a arrecadação mensal teve um aumento de 6,2%, totalizando US$ 99,52 milhões.

No período, os principais destinos do etanol brasileiro foram: Países Baixos (58,79 mil litros); Estados Unidos (26,22 mil litros); Coreia do Sul (24,85 mil litros); Nigéria (21 mil litros); e Índia (20,53 mil litros).

Entre janeiro e agosto, as usinas exportaram 1,06 bilhão de litros de etanol, 17,8% abaixo do mesmo recorte de 2024. Neste intervalo, o preço médio registrou uma queda de 1%, para US$ 575,86/m³, somando um faturamento de US$ 608,83 milhões (-16%).

Taxação dos Estados Unidos

Em julho, os Estados Unidos anunciaram a aplicação de uma taxa de 50% na importação de produtos brasileiros, que começou a valer a partir de 6 de agosto.

A Datagro calculou que a tarifa geraria um custo extra de, aproximadamente, US$ 90,9 milhões por ano para as exportações brasileiras do biocombustível. Segundo a consultoria, foram destinados 309,72 milhões de litros de etanol do Brasil para os Estados Unidos em 2024, a um preço médio de US$ 0,587 por litro.

Ainda em agosto, após as tarifas entrarem em vigor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o Brasil está disposto a negociar o etanol com os Estados Unidos.

O CEO da Atvos, Bruno Serapião, declarou que o biocombustível brasileiro precisa de regras claras e estáveis, para aumentar a sua presença no mercado global. Ele ainda reforçou que o país tem forte demanda interna por etanol, além de uma base consolidada para expandir sua atuação no mercado global.

No último mês, os Estados Unidos importaram 26,22 mil litros do biocombustível brasileiro, queda de 7,1% ante julho. Em comparação com os 19,07 mil litros adquiridos em agosto de 2024, por outro lado, houve alta de 37,5%. A receita mensal, por sua vez, registrou uma queda de 75,9%, totalizando US$ 11,78 milhões em agosto.

Fonte: NovaCana