
Foto: Coopersucar/Divulgação
Por Giully Regina
Depois de iniciarem o ano em baixa, as exportações brasileiras de açúcar voltaram a registrar um acréscimo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os despachos de junho foram de 3,36 milhões de toneladas do adoçante, alta de 50,3% em relação ao mês anterior. Além disso, houve um aumento de 5,2% na comparação com as 3,19 milhões de toneladas que deixaram o país em junho de 2024.
O volume foi o maior despacho mensal desde as 3,39 milhões de toneladas registradas em novembro do ano passado.
O momento internacional, como a economia dos Estados Unidos e os conflitos do Oriente Médio, tiveram impactos no mercado de açúcar. De acordo com a coordenadora de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, Lívea Coda, se o real está mais valorizado que o dólar, o produtor brasileiro pode relutar nas fixações de açúcar, que é negociado na moeda americana, aguardando preços melhores.
Os dados detalhados de exportações foram divulgados pela secretaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última sexta-feira, 4.
De acordo com os números apresentados, o preço da commodity se manteve em queda. No período, o açúcar foi negociado a US$ 428,43 por tonelada, retração de 3,8% no mês e de 11,1% no ano. Assim, a receita mensal chegou a US$ 1,44 bilhão, baixa de 6,5% em relação ao mesmo recorte no ano passado.
Do total exportado em junho, 3,01 milhões de toneladas eram do produto bruto, alta anual de 9,2%. O preço médio foi de US$ 424,76/t (-9,2%), resultando em uma receita de US$ 1,28 bilhão (-0,8%).
As 353 mil toneladas restantes eram de açúcar refinado, queda de 19,8% em comparação com maio de 2024. Neste caso, o preço médio ficou em US$ 459,74/t (-19,7%), somando um faturamento de US$ 162,19 milhões (-35,6%).
Em junho, os principais destinos do açúcar brasileiro foram: China (760,23 mil toneladas); Argélia (288,89 mil t); Nigéria (220,21 mil t); Índia (190,55 mil t); e Arábia Saudita (185,61 mil t).
No primeiro semestre do ano, o Brasil exportou 12,86 milhões de toneladas de açúcar, 23,1% abaixo do visto no mesmo recorte de 2024. O preço médio também passou por uma queda de 10,4%, para US$ 458,35/t, totalizando uma receita de US$ 5,9 bilhões (-31,1%).
Nos cinco primeiros meses do ano, 9,52 milhões de toneladas de açúcar brasileiro foram despachadas para outros países, 29,7% abaixo do visto no mesmo recorte de 2024. O preço médio também passou por uma queda de 9,6%, para US$ 468,68/t, totalizando uma receita de US$ 4,46 bilhões (-36,4%).
Fonte: NovaCana