Brasil avança na busca de soberania energética

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A partir de agosto, o biodiesel no diesel passará de 14% para 15%, e o etanol na gasolina aumentará de 27% para 30%. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento das misturas de biocombustíveis com o objetivo é reduzir os preços dos combustíveis e fortalecer a soberania energética.

Este movimento, conforme reportagem do Valor Econômico, ocorre em um momento de alta nos preços do petróleo em meio aos conflitos no Oriente Médio, destacando a importância da autossuficiência energética. Além disso, a medida alinha-se com a agenda ambiental do Brasil em ano de COP30 e beneficia o agronegócio, uma vez que esse setor fornece insumos essenciais para a produção de biocombustíveis.

A Lei do Combustível do Futuro, sancionada no ano passado, estabelece um cronograma para aumentar essas misturas até 2030, com a possibilidade de o biodiesel chegar a 20% e o etanol a 35%. O recente adiamento da implementação, motivado por preocupações inflacionárias, agora dá lugar a expectativas de redução nos preços da gasolina e diesel.

A mudança promete não apenas reduzir a necessidade de importações, mas também transformar o Brasil em um exportador de gasolina, segundo autoridades do Ministério de Minas e Energia (MME). Este ajuste deve gerar investimentos significativos em novas usinas e maquinário, além de criar milhares de novos empregos e reduzir a pegada de carbono dos combustíveis.

O apoio ao aumento das misturas é amplamente visto como um passo estratégico para a segurança energética e alimentar, promovendo o agronegócio e a agricultura familiar. A medida é celebrada por diversas entidades do setor, que veem nela um impulso à transição energética e à redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs), reforçando a posição do Brasil como líder em biocombustíveis no cenário global.

Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)