da produção e atender às exigências de mercado nacional e internacional
Foto: Getty Images
Por Serasa Experian
O Agro Report, módulo da plataforma Serasa Agro, desenvolvida para atender às demandas de diversos setores do agronegócio, ajuda empresas de biocombustíveis a cumprir as exigências do RenovaBio, programa do governo federal focado na redução de emissões de gases de efeito estufa. O produto, criado pela Serasa Experian, possibilita a elaboração de relatórios centralizados em um único programa de autosserviço e que otimizam o processo de conformidade ambiental das companhias.
A solução oferece uma análise detalhada, permitindo que as organizações garantam que estão cumprindo requisitos de sustentabilidade, como a rastreabilidade da biomassa — soja, milho e cana-de-açúcar — e a comprovação de que não houve desmatamento após 26 de dezembro de 2017 para a produção de matéria-prima.
A partir das informações do processo produtivo e dados do cultivo da biomassa, o RenovaBio atribui uma Nota de Eficiência Energético-Ambiental (Neea), que compõe o fator para a emissão de Créditos de Descarbonização (CBios), ativos negociáveis na bolsa de valores. Eles funcionam como uma remuneração adicional aos fabricantes que investem em práticas sustentáveis.
“Por meio do módulo Agro Report, os clientes podem solicitar e obter os relatórios de elegibilidade dos seus imóveis de interesse de forma rápida, segura e com o respaldo técnico já consolidado no setor. Essa precisão e agilidade são essenciais para garantir o cumprimento das normas e maximizar a quantidade de CBios que podem ser emitidos para cada litro produzido”, explica Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian.
Um CBio equivale a 1 tonelada de gases de efeito estufa que deixa de ser lançada na atmosfera, o que representa sete árvores em termos de captura de carbono. A venda desses ativos gerou receita estimada de R$ 5 bilhões, com base no preço médio e volume de biocombustível produzido na safra 2023/2024.
Apoio ao setor agroenergético
O Agro Report usa tecnologias de sensoriamento remoto, com o processamento e interpretação analítica de imagens de satélites para avaliar os imóveis rurais. Elas permitem verificar a ocorrência de desmatamentos e a conversão dessas áreas para a produção das biomassas energéticas, atendendo aos critérios do programa.
Pimenta destaca, ainda, que o módulo também fornece informações sobre o registro de embargos ambientais no imóvel e a sobreposição com áreas de proteção ambiental, florestas públicas, assentamentos rurais, terras indígenas, comunidades quilombolas, entre outras. “São dados importantes para que os produtores não apenas atendam aos critérios das certificações, mas também melhorem a gestão das suas terras e reforcem a confiança sobre a origem da produção”, diz.
Segundo maior produtor de combustíveis gerados a partir de biomassa do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil tem 415 unidades cadastradas no RenovaBio, sendo 335 usinas de cana-de-açúcar, 22 de milho e 58 de soja. Segundo um estudo da IEA Bioenergy, organização ligada à Agência Internacional de Energia (IEA), o programa deve ajudar o país a evitar a emissão de até 428 milhões de toneladas de carbono na atmosfera.
As certificações, segundo o executivo, também abrem portas para empresas acessarem mercados internacionais, como União Europeia, Estados Unidos e Japão, que têm regras específicas e exigentes para importação e onde cresce a demanda por energia limpa. “Elas valorizam os produtos brasileiros, que tendem a alcançar preços mais altos justamente por garantirem práticas sustentáveis a consumidores e investidores”, conclui o head de agronegócio da datatech.
Fonte: Globo Rural
