O biodiesel, alvo de críticas no setor de combustíveis por causa de fraudes no teor da mistura ao diesel, é visto como fator de encarecimento dos alimentos. Em 2024, o preço do biodiesel disparou de R$ 4 para R$ 6,53 por litro, enquanto o diesel de petróleo custava R$ 4 por litro. A diferença de preço incentivou fraudes, com 14% de biodiesel obrigatórios na mistura, que será elevada para 15% em março. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) encontrou mais de 1.300 amostras fora das normas, enquanto o Instituto Combustível Legal detectou 35% de irregularidades em amostras em seis estados.
Produtores de biodiesel defendem a mistura como política pública essencial, alertando que sua suspensão prejudicaria investimentos. A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) destaca a necessidade de fiscalização reforçada, enquanto a ANP enfrenta limitações orçamentárias. O cronograma de aumento da mistura até 20% em 2030 pode ampliar fraudes sem fiscalização adequada. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.
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