A Petrobras anunciou sua intenção de entrar no mercado de etanol, preferencialmente por meio de parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado com players relevantes do setor. A inclusão do etanol no plano estratégico até 2050 e no plano de negócios 2025-2029 permitirá à empresa analisar possibilidades de negócios e identificar potenciais parceiros. A reportagem é do jornal Valor Econômico, repercutindo matéria da Bloomberg.
A companhia reafirmou seu foco principal na exploração de óleo e gás, mas também se prepara para a transição energética, investindo em biocombustíveis como diesel verde e combustível sustentável de aviação, além de retomar atividades em petroquímica e fertilizantes. A decisão de retornar ao etanol se baseia na expectativa de queda na participação da gasolina A na matriz energética brasileira.
A Petrobras planeja investir US$ 2,2 bilhões nos próximos cinco anos e considera que a entrada no segmento deve ocorrer em colaboração com outras empresas, dada a complexidade de iniciar do zero. Mauricio Tolmasquim, diretor de transição energética, destacou a importância de competir no setor de etanol, a fim de compensar a perda de mercado da gasolina.
Em meio a este movimento, a Raízen, uma das principais produtoras de etanol, estaria considerando vender uma participação em suas usinas de etanol de segunda geração, com a possibilidade de formar uma joint venture com potenciais sócios. O etanol de segunda geração é produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar, representando uma alternativa sustentável no mercado.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)