Reportagem do Valor Econômico revela que o plano de negócios da companhia para o período 2025-2029, apresentado em 21 de novembro, concentra-se na produção de petróleo e gás, com um total de investimentos de US$ 111 bilhões, dos quais US$ 77,3 bilhões (70%) serão alocados para exploração e produção (E&P). O novo plano representa um aumento de 9% em relação ao anterior, que previa US$ 102 bilhões.
Além disso, a empresa destinará US$ 11 bilhões (10% do total) para gás e energias de baixo carbono, embora os detalhes dos projetos renováveis não tenham sido esclarecidos. Também serão investidos US$ 20 bilhões em refino, transporte e comercialização, e US$ 3 bilhões em áreas corporativas.
Especialistas apontam que a prioridade dada à produção de óleo e gás deve agradar ao mercado, consolidando a companhia como uma geradora de caixa. No entanto, críticos destacam a falta de foco na transição energética, especialmente em um momento em que as metas climáticas estão sendo discutidas na COP29.
Os investimentos em transição energética incluirão US$ 500 milhões em projetos de hidrogênio e US$ 900 milhões em iniciativas de captura de carbono e energia eólica offshore, além de US$ 4,3 bilhões em energia solar e eólica terrestre, embora esse montante seja menor que os US$ 5,2 bilhões do plano anterior.
A empresa também anunciou o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários, com R$ 15,6 bilhões provenientes da reserva de remuneração de capital. O dividendo será de R$ 1,55 por ação e pago em parcela única.
Por fim, o plano estratégico prevê que 60% dos investimentos em E&P serão direcionados para ativos do pré-sal, reforçando o diferencial competitivo da companhia e a implantação de dez novos sistemas de produção até 2029.
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