A tendência de expansão dos biocombustíveis de milho deve continuar nos próximos anos. De acordo com o analista de equity do BTG Pactual, Thiago Duarte, a perspectiva é que, em 2027, aproximadamente um terço do etanol produzido no Brasil seja proveniente do grão.
Mas esta projeção, divulgada durante a Conferência NovaCana 2024, depende que todos os projetos em análise ou já habilitados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entrem em operação.
Um levantamento publicado pelo NovaCana em setembro, a partir de dados da ANP, mostra que 12 usinas de etanol de milho estão em construção e quatro em ampliação. Juntas, estas unidades poderão acrescentar, diariamente, uma capacidade de 8,95 milhões de litros de hidratado e 7,92 milhões de litros de anidro, totalizando 16,88 milhões de litros.
Segundo Duarte, uma das motivações para esse crescimento está no custo unitário de produção das plantas que usam o cereal. Observando os gastos das operações (calculados em reais por litro de etanol hidratado equivalente), ele aponta que, nos últimos anos, o etanol de milho “deu uma lavada” no biocombustível de cana-de-açúcar.
“Por que o etanol de milho vingou no país da cana-de-açúcar? Foi por causa da produtividade. A cana não tem ganho de produtividade – não possui redução de custo unitário – há mais de duas décadas. E isso está acontecendo de forma maravilhosa nos grãos”, afirma Thiago Duarte (BTG Pactual).
Fonte: NovaCana