Relatório aponta corte de 18% nas verbas federais para transição energética

Transição energética no Brasil ainda levará a vários debates (Foto: Divulgação)

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o governo federal cortou 18% dos recursos para a transição energética, reduzindo a verba de R$ 4,44 bilhões em 2024 para R$ 3,64 bilhões em 2025, segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Essa diminuição pode comprometer as metas de enfrentamento das mudanças climáticas. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê um total de R$ 2,38 trilhões, mas apenas R$ 215,3 bilhões são destinados a gastos discricionários.

Embora o presidente Lula tenha defendido ações na área de energia renovável na ONU, o Inesc aponta que o Brasil retrocede em suas metas, priorizando menos os recursos para energias renováveis em seu orçamento. Na reportagem, o assessor político do Inesc, Cássio Carvalho, criticou a prática do governo, que, apesar de se posicionar internacionalmente como um líder na transição energética, destina verbas insuficientes e dilui recursos em ações que mantêm a dependência de petróleo e gás.

O relatório revelou que metade da verba para o Programa de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia será usada para a indústria de petróleo e gás. O levantamento mostrou apenas sete ações de transição energética em quatro ministérios. O MDA e o MDS também sofreram cortes significativos em planos orçamentários voltados à energia renovável e auxílio-gás. Enquanto isso, o MCTI teve um aumento no orçamento, graças ao programa NIB, que visa ampliar a transição energética.

O ministro da Fazenda  Fernando Haddad prometeu ajustes no orçamento, e um novo arcabouço ecológico está sendo planejado para promover a agenda verde no Brasil. Apesar de questionados e ainda, segundo a reportagem, até o momento, não houve resposta dos ministérios consultados pelo jornal.

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