Um levantamento realizado pelo NovaCana a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que, no começo de setembro, o Brasil contava com 12 usinas de etanol de milho em construção e outras quatro em expansão. Na prática, o valor pode ser ainda maior, uma vez que a amostra inclui apenas projetos com trâmites em andamento junto à agência.
Essa tendência de crescimento não é novidade. No acumulado da safra 2024/25 até 1º de setembro, as plantas do Centro-Sul que utilizam o grão fabricaram 3,13 bilhões de litros, alta anual de 26,9%. Em toda a temporada 2023/24, por sua vez, a produção de etanol de milho na região foi de 6,26 bilhões de litros, representando um aumento de 41,4% no comparativo com o ciclo anterior.
Durante a Conferência NovaCana 2024, realizada em São Paulo (SP), essa expansão acelerada foi destacada – com receio – pelos especialistas presentes no painel “Perfil financeiro das usinas”. O tema foi inicialmente levantado pelo analista de equity do BTG Pactual, Thiago Duarte, que comparou o atual momento com o ciclo de investimentos vivido pelas usinas sucroenergéticas na primeira década do século.
“Eu chamo esse período de ‘década de ouro’. Houve uma euforia maluca em que todo mundo saiu abrindo unidades. Mas depois veio a ressaca, com o fechamento de muitas usinas”, lembra Duarte, que segue: “Abriu-se capacidade, imaginando que a receita continuaria sendo crescente. Mas o custo marginal também é crescente. Então, quando a receita marginal não cobriu esse custo, houve fechamento de capacidade”.
Ele trouxe esse exemplo justamente para explicar seu receio referente à expansão do biocombustível feito a partir do cereal. Para saber mais, leia o texto completo (exclusivo para assinantes).
Fonte: NovaCana