Por Liliane de Lima
O petróleo iniciou o mês de setembro em alta, na tentativa de recuperar as perdas recentes. Os investidores seguem atentos à escalada de tensão no Oriente Médio e sinais de redução da oferta da commodity.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em alta de 0,77%, a US$ 77,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Sem negociações nos mercados dos Estados Unidos, os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro operavam em alta de 0,65%, a US$ 74,03 o barril, no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos, por volta de 15h30 (horário de Brasília).
O que mexeu com petróleo hoje?
Os investidores esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve seguir com o aumento planejado da produção da commodity a partir de outubro, em meio a cortes na oferta de alguns membros.
Segundo a Reuters, oito membros da OPEP+ devem aumentar a produção em 180.000 barris por dia em outubro, como parte de um plano para começar a desfazer os cortes voluntários de produção de 2,2 milhões de bpd, mantendo outros cortes até o final de 2025. Também, a produção do petróleo na Líbia foi retomado neste domingo (1º).
A Arabian Gulf Oil Company retomou a produção em até 120.000 barris por dia (bpd) para atender às necessidades domésticas, enquanto as exportações ainda estão interrompidas.
A retomada, abaixo da capacidade total dos campos, tem como objetivo apenas fornecer eletricidade e combustível às usinas para necessidades domésticas, disseram os engenheiros à Reuters.
Em agosto, a produção e as exportações da commodity na Líbia foi afetada pela disputa entre o governo oriental, em Benghazi, e o ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o banco central. Além disso, os conflitos no Oriente Médio seguem sendo monitorados pelo mercado.
No fim de semana, Israel recuperou os corpos de seis reféns em um túnel em Gaza, onde aparentemente eles foram mortos pouco antes das tropas chegarem até eles, provocando protestos israelenses neste domingo e planos de ataques por não terem conseguido salvá-los.
As preocupações com a demanda da China também continuaram no radar dos investidores.
Fonte: Money Times