Alerta máximo para as petrolíferas nos EUA

Plataforma da BP no Golfo do México — Foto: BP/Divulgação

O setor petrolífero norte-americano enfrenta um cenário desafiador, com cortes de gastos e paralisação de plataformas de perfuração como consequências das tarifas elevadas e queda nos preços do petróleo. Estas circunstâncias têm levado executivos a alertar sobre o possível fim do “boom” de xisto, que durou uma década. As decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar a produção de petróleo aumentaram as preocupações de uma guerra de preços, pressionando ainda mais os produtores norte-americanos. A notícia vem do Financial Times e foi publicada na Folha de S.Paulo.

A produção de petróleo dos Estados Unidos (EUA) está projetada para cair 1,1% em 2025, marcando o primeiro declínio anual em uma década, exceto durante a pandemia de 2020. Com a necessidade de um preço de equilíbrio de US$ 65 por barril, os produtores enfrentam dificuldades em um mercado onde os preços estão abaixo desse patamar.

Grandes players do mercado, como a Chevron, segunda maior petrolífera dos EUA, e BP, multinacional britânica de petróleo e gás, já anunciaram cortes de empregos, enquanto os principais produtores de xisto reduziram seus orçamentos de capital. As tarifas de Trump também aumentaram os custos de insumos críticos, complicando ainda mais o ambiente econômico. Empresas como a Occidental Petroleum ajustam suas estratégias para proteger dividendos e fluxo de caixa livre, essenciais para manter a confiança dos investidores.

Com o aumento da produção de petróleo por parte da Arábia Saudita, a participação dos EUA no mercado global está ameaçada, exigindo que as petrolíferas adaptem suas operações e estratégias de investimento para enfrentar um cenário de incerteza e pressão competitiva.

Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinantes)