Vibra investirá R$ 100 milhões para se tornar a maior produtora de lubrificantes da América Latina

Em entrevista ao Broadcast, o presidente da Vibra, Ernesto Pousada, afirmou, nesta terça-feira (30/01), que a empresa está investindo R$ 100 milhões para se tornar a maior produtora de lubrificantes da América Latina. Confira, abaixo, os principais pontos abordados pelo executivo:

Distribuição de Combustíveis e Lubrificantes

O CEO afirmou que o investimento aumentará a capacidade de produção da Vibra de 300 milhões de litros/ano para 500 milhões de litros/ano. Segundo Pousada, a previsão é de que a construção da nova fábrica da empresa em Duque de Caxias (RJ) seja concluída até outubro de 2024. A meta é aumentar a atual participação de mercado em 18%, elevando o número de lojas Lubrax+, que é de 1,8 mil em uma rede de 8,3 mil postos de combustíveis – embora a Vibra entenda que exista um limite de saturação.

Além disso, a Vibra vem aumentando seu foco no setor do agronegócio, visando extrair valor no mercado de diesel e lubrificantes com o seu novo produto, o Lubrax Unitractor, feito para tratores e equipamentos pesados. Adicionalmente, Pousada afirmou acreditar que o aumento de veículos elétricos (VEs) nas regiões Sul e Sudeste migrará o mercado de combustíveis fósseis para as regiões Centro-Oeste e Norte. A empresa tem planos de investir em infraestrutura para melhor atender essas regiões.

Lojas de conveniência

Segundo o CEO, outra via de receita a ser alavancada são as lojas de conveniência. Ele mencionou que um benchmark feito nos EUA mostrou que as lojas de conveniência são o principal negócio por lá e, embora não seja o objetivo da empresa no Brasil, vê espaço para aumentar sua participação no faturamento. Pousada disse que hoje a empresa possui 1,7 mil lojas BR Mania em uma rede de 8,3 mil postos de combustíveis. Com isso, então seguindo o raciocínio da Lubrax+. Ou seja, há espaço para aumentar o número de lojas – apesar do limite de saturação –, o que vai destravar valor. Por fim, ainda sobre o assunto lojas de conveniência, o executivo mencionou que a “Vem” (joint venture com a AMERICANAS encerrada em novembro de 2023), foi uma valiosa fonte de conhecimento de mercado, que agora pode ser um diferencial competitivo a ser implementado pela equipe que permaneceu na VIBRA.

Projetos de transição energética

Em relação à transição energética, Pousada disse que o foco da Vibra está na geração e comercialização de energia renovável, o que é feito por meio da COMERC. Ele mencionou a possibilidade de aumentar participação da companhia no setor elétrico por meio do crescimento orgânico ou inorgânico, além da possibilidade de aumentar a presença da empresa na COMERC dos atuais 48,7% para 100%. Entretanto, destacou que a Vibra não busca ativamente oportunidades neste momento. Por fim, mencionou que a Vibra possui outras iniciativas, como ZEG BIOGÁS, EZVOLT e a comercializadora de etanol EVOLUA.

Fusão com ENEVA

Questionado sobre a oferta da ENEVA, o Pousada afirmou que a Vibra tem muito valor a ser desbloqueado dos negócios atuais, então o crescimento inorgânico não faz sentido no momento, pois estaria subvalorizado e a empresa já tem muito para executar.

O UBS Group avalia o posicionamento do CEO da Vibra como positivo para a empresa, ao focar no core business e aumentar sua geração de caixa antes de estender para mercados complementares, mostrando responsabilidade com os investimentos. Deste modo, entregará mais valor para os acionistas no longo prazo.

Fonte: Broadcast