O comissário de clima da UE (União Europeia) reiterou, na 4ª feira (06.nov.2024), a decisão do bloco de proibir a venda de novos carros que emitem CO2 a partir de 2035. Essa medida visa apertar os limites de emissão de CO2 já no próximo ano. A declaração aconteceu em meio a pedidos de revisão por parte de alguns governos e fabricantes de automóveis.A legislação em vigor proíbe a comercialização de novos veículos a diesel e a gasolina a partir de 2035. Além disso, a introdução de limites mais estritos para as emissões de CO2 das frotas automobilísticas acontecerá no ano seguinte.
A Itália e a República Tcheca expressaram preocupações. Ambos os países argumentam que a diminuição nas vendas de carros elétricos dificulta para os fabricantes atingirem os novos alvos. Como resultado, solicitaram uma revisão urgente das políticas à Bruxelas. Durante uma audiência no Parlamento Europeu, Wopke Hoekstra, comissário de clima, enfatizou que as normas climáticas estabelecem um cenário de investimento estável. Ele destacou a importância do diálogo com a indústria automobilística para alcançar um futuro sustentável, mantendo os objetivos estabelecidos.
“Muitos dos CEOs de empresas automobilísticas com quem falo disseram que podem cumprir os alvos” , afirmou Hoekstra, sem mencionar nomes específicos. Ele também reconheceu que a demanda da indústria por mais investimentos públicos em infraestrutura para o carregamento de veículos elétricos é legítima.
AJUSTES NA LEGISLAÇÃO DA UE
A Comissão Europeia ajustou a data limite de 2035 para permitir carros movidos a e-combustíveis, atendendo a um pedido da Alemanha. No entanto, Hoekstra ressaltou a complexidade de modificar acordos já estabelecidos após extensas negociações. Os fabricantes de automóveis alertam sobre a impossibilidade de cumprir os limites de CO2 no próximo ano, antecipando multas significativas. No entanto, Hoekstra sugeriu que essas preocupações podem ser exageradas, citando as multas relativamente baixas enfrentadas por não atingir os alvos de emissões da UE em 2020. A Volkswagen, por exemplo, foi penalizada em mais de 100 milhões de euros.
Fonte: Poder 360