O relatório anual sobre Vinílicos/PVC divulgado em janeiro pela Chemical Market Analytics (CMA), empresa de inteligência de mercado da Dow Jones, foi alvo de análise de especialistas do UBS Group. Os vinílicos são produtos da mesma rota tecnológica do PVC (poli-cloreto de vinila), um polímero bastante usado na construção civil, e que também dá origem a um subproduto, a soda cáustica, bastante nas usinas produtoras de açúcar e etanol.
Abaixo, os principais pontos analisados pelo UBS Group:
- 6,1 milhões de toneladas de capacidade anunciada de PVC entrarão em operação em 2023-2028 (cerca de 10% da capacidade global atual), das quais 43% estarão na China.
- A Europa Ocidental poderá ter paralisações na indústria até 2025, impulsionadas pela pressão sustentada sobre as margens e pelas fracas condições de mercado, embora continue a ser a região com custos mais elevados.
- O pico do próximo ciclo está previsto apenas para o final da década.
- A demanda por PVC está vinculada ao PIB global, porém, o PIB cresceu 1,9% em 2023, enquanto a demanda por PVC reduziu 0,6%, impactada pelos setores de construção e imobiliário.
- Na América do Norte, a demanda de PVC diminuiu 12,4% em 2023, impulsionada pelas elevadas taxas hipotecárias e pela construção residencial. Na Europa, a demanda reduziu 14,0%.
- Espera-se que 2024 seja outro ano de fraco crescimento, embora a CMA estime que a procura de PVC crescerá 2,7% e depois 3,7% em 2025.