As relações comerciais entre Brasil e EUA enfrentam tensões crescentes, exacerbadas pela decisão do governo Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e investigar práticas consideradas “ilegais”. Na reportagem do site Brasil 247, um foco central é o etanol brasileiro, alvo de tarifas por causa da alíquota de 18% sobre importações de etanol americano. Essa medida visa proteger a competitividade do biocombustível brasileiro, mais sustentável e menos poluente.
O etanol, resultado de 50 anos de políticas públicas e inovações, é crucial para a economia e sustentabilidade do Brasil. Em 2024, o país produziu 36,8 bilhões de litros, empregando mais de 2,2 milhões de pessoas. A tarifa protege a indústria local contra a invasão de produtos americanos subsidiados, que poderiam desestabilizar o setor.
Apesar das pressões, o governo brasileiro descarta a redução dessa tarifa, essencial para a proteção da produção nacional, especialmente no Nordeste. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira Alexandre Silveira e o vice-presidente Geraldo Alckmin mantêm uma postura firme, enquanto senadores buscam reabrir negociações com os EUA.
No cenário de transição energética, a Petrobras planeja investir em SAF, utilizando etanol para produção sustentável de aviação. Este contexto destaca o etanol como um ativo estratégico para o Brasil e a descarbonização global, reforçando a necessidade de uma abordagem que equilibre interesses comerciais e sustentáveis.
Íntegra da matéria: Brasil 247
