Setores produtivos em Goiás temem impactos de medida americana


JORNAL ANHANGUERA 2ª EDIÇÃO – Indústrias de carne, de açúcar e outros setores da economia goiana também podem ser afetados pela tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos (EUA). Donald Trump quer cobrar, a partir de 1º de agosto, uma taxa de 50% nos produtos brasileiros vendidos para os norte-americanos.

Segundo reportagem do Jornal Anhanguera 2ª Edição, exibida na sexta-feira (18/07), de todo açúcar orgânico consumido pelos EUA, 45% são produzidos no Brasil. Desse total, 65% são fabricados em duas usinas (Jalles Machado e Goiasa) localizadas no estado goiano. Henrique Penna, diretor comercial da Jalles Machado, explica que se a taxação anunciada por Trump entrar em vigor, a usina poderá diminuir a área destinada à produção orgânica.

Já o CEO da SCA Brasil, Martinho Ono, ressaltou que em função da baixa produção global de açúcar orgânico, é possível que os EUA continue comprando o produto brasileiro, apesar do aumento nas tarifas. O executivo acrescentou ainda que Goiás tem uma vocação natural na fabricação de açúcar branco para o mercado interno brasileiro, e por estar distante dos portos, os volumes do produto e de etanol destinados à exportação são baixos. O estado destina 60% do açúcar que produz para o mercado nacional (indústria e consumidores).

No caso específico do etanol, Goiás, grande produtor, também prioriza o abastecimento nacional. Além de garantir o suprimento interno e no Distrito Federal, comercializa o excedente para o Norte, Nordeste e Sudeste.

Assista a reportagem na íntegra, aqui.