
Para 2025/26, a Conab projeta produção nacional de açúcar em 45 milhões de toneladas, alta de 2% frente à safra anterior, após um primeiro semestre com as usinas focadas na produção do adoçante, e no etanol a partir de julho em função da maior rentabilidade. Globalmente, segundo USDA, a produção deve crescer cerca de 1,5%, com expansão na Índia, China e Tailândia, mantendo preços sob pressão, ainda que exista previsão de novo recorde no consumo mundial. No entanto, a redução nos estoques globais pode mitigar um cenário de baixa mais severa nos preços. Custos logísticos e riscos climáticos seguem no radar.
Commodities: Etanol
Na safra 2025/26, a produção total de etanol no Brasil deve recuar 2,8%, segundo a Conab, para 36,2 bilhões de litros, com queda de 4,1% no centro-sul. O etanol de milho deve seguir em maior expansão, com previsão de crescer 23% na produção, dado o menor custo e os novos projetos no pipeline. A demanda doméstica segue limitada pela paridade de preços com a gasolina, e os riscos permanecem nos custos elevados de insumos (fertilizantes e diesel, principalmente), enquanto os juros domésticos altos e a forte necessidade de investimentos para compensar desafios climáticos devem seguir limitando o potencial de rentabilidade das usinas, em especial das mais alavancadas.
Sucroenergético
O setor permanece em um momento desafiador, com o aumento da oferta de açúcar pelos maiores produtores mundiais pressionando os preços do adoçante para as mínimas dos últimos 5 anos. As margens seguem reduzidas devido aos custos com insumos mais altos, além de gastos adicionais com renovação do canavial para compensar adversidades climáticas. No etanol, a queda no preço do petróleo também prejudica a competitividade do biocombustível. Esse contexto, somado aos elevados juros domésticos e à alta intensidade de capital no setor, mantém um viés negativo para o segmento, sem indicações de companhias para 2026.
Fonte: Investalk