Safra robusta deixa mercado do açúcar entre 14 e 15 cents

Canavial – Foto: Wenderson Araujo/CNA

Os preços do açúcar mantiveram o viés de baixa nesta quarta-feira (22/10), pressionados pelas perspectivas de forte oferta global e projeções de superávit para a safra 2025-2026. As cotações em Nova Iorque recuaram cerca de 1%, ampliando as perdas expressivas da sessão anterior, enquanto Londres registrou variações mistas, com baixas predominando nos contratos mais longos.

Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato março/26 caiu 0,14 cent, para 15,10 cents/lbp (-0,92%). O maio/26 recuou 0,14 cent, cotado a 14,61 cents/lbp (-0,95%). O julho/26 perdeu 0,16 cent, para 14,48 cents/lbp (-1,09%), e o outubro/26 encerrou a 14,69 cents/lbp, baixa de 0,18 cent (-1,21%).

Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 teve leve alta de US$ 1,10, negociado a US$ 434,50 por tonelada (+0,25%). O março/26, porém, caiu US$ 1,20, para US$ 429,90 por tonelada (-0,28%). O maio/26 recuou US$ 4,10, cotado a US$ 424,60 por tonelada (-0,96%), e o agosto/26 perdeu US$ 5,50, fechando a US$ 421,20 por tonelada (-1,29%).

A pressão baixista vem se intensificando desde o fim da semana passada, após a Unica informar que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de setembro cresceu 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado desde o início da safra 2025/26, a produção total está 0,8% acima da registrada no ciclo anterior.

Além disso, o mercado continua reagindo às projeções de maior oferta global. Na segunda-feira, o BMI Group estimou um excedente global de 10,5 milhões de toneladas na safra 2025/26. Já ontem, a Datagro projetou que a produção do Centro-Sul brasileiro deve aumentar 4% em 2026/27, alcançando 43,2 milhões de toneladas de açúcar — reforçando a expectativa de um mercado amplamente abastecido nos próximos meses.


Fonte: Notícias Agrícolas