Ranking Gasolina em 2025: os 10 países com preços mais altos e mais baixos por litro

Bomba de combustível — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os preços da gasolina em 2025 variam drasticamente ao redor do mundo, refletindo políticas econômicas, reservas de petróleo e tributação. Enquanto em algumas nações o litro custa centavos, em outras, o valor ultrapassa R$ 18, impactando diretamente o bolso dos motoristas.

Dados recentes do GlobalPetrolPrices, que monitora 169 países, mostram que o Irã lidera como o país com a gasolina mais barata, a US$ 0,029 por litro, enquanto Hong Kong tem o combustível mais caro, a US$ 3,578. Essas diferenças, observadas em agosto de 2025, são impulsionadas por subsídios, impostos e produção local. A variação afeta desde o custo de vida até as políticas de mobilidade urbana. No Brasil, o preço médio de R$ 6,15 coloca o país na 38ª posição entre os mais baratos, mas ainda longe dos valores simbólicos de alguns produtores de petróleo.

O ranking global de preços da gasolina revela contrastes impressionantes. Países com vastas reservas de petróleo ou fortes subsídios governamentais dominam a lista dos mais baratos, enquanto nações com alta tributação ou dependência de importação encabeçam os mais caros. A seguir, exploramos os fatores por trás dessas diferenças e os impactos nos consumidores.

Fatores que moldam os preços globais

Os preços da gasolina são influenciados por uma combinação de elementos econômicos e políticos. Países produtores de petróleo, como o Irã e a Venezuela, conseguem oferecer combustíveis a preços extremamente baixos devido a subsídios estatais e acesso direto às reservas. Já em regiões como Hong Kong, a ausência de produção local e os altos impostos elevam os custos.

  • Produção de petróleo: Nações como Irã, Líbia e Venezuela, membros da Opep, utilizam suas reservas para manter preços baixos.
  • Impostos e subsídios: Países europeus aplicam altas taxas para desincentivar combustíveis fósseis, enquanto outros subsidiam o consumo.
  • Custos logísticos: Importação e distribuição em áreas remotas, como Islândia, encarecem o litro.
  • Políticas ambientais: Noruega e Dinamarca taxam pesadamente para promover fontes renováveis.

Esses fatores criam um cenário onde o preço do litro varia de R$ 0,15 no Irã a R$ 18,63 em Hong Kong, conforme dados de setembro de 2024. A disparidade reflete não apenas a economia, mas também as prioridades de cada governo.

Países com a gasolina mais barata

O ranking dos países com gasolina mais acessível é dominado por produtores de petróleo e nações com políticas de subsídios agressivas. O Irã, com vastas reservas, mantém o litro a US$ 0,029 (R$ 0,15), praticamente um valor simbólico. A Venezuela, apesar de crises econômicas, segue com preços baixos devido a subsídios históricos, embora ajustes recentes tenham elevado o custo em comparação com décadas passadas.

  • Irã: US$ 0,029 (R$ 0,15) por litro, impulsionado por subsídios estatais.
  • Líbia: US$ 0,031 (R$ 0,16), beneficiada por reservas abundantes.
  • Venezuela: US$ 0,035 (R$ 0,19), com preços ainda baixos apesar de ajustes.
  • Egito: US$ 0,285 (R$ 1,53), com forte apoio governamental.
  • Argélia: US$ 0,342 (R$ 1,85), outro produtor de petróleo com subsídios.
  • Kuwait: US$ 0,344 (R$ 1,86), preços baixos pela produção local.
  • Angola: US$ 0,352 (R$ 1,90), com reservas significativas.
  • Turcomenistão: US$ 0,428 (R$ 2,33), subsídios mantêm custos reduzidos.
  • Malásia: US$ 0,435 (R$ 2,36), com políticas de controle de preços.
  • Nigéria: US$ 0,468 (R$ 2,54), beneficiada por produção interna.

Esses valores, atualizados até agosto de 2025, mostram como a riqueza em recursos naturais e as políticas de subsídios moldam preços acessíveis, tornando o combustível quase irrelevante no orçamento de motoristas locais.

Nações com a gasolina mais cara

No outro extremo, países com alta tributação, dependência de importação ou políticas ambientais rigorosas enfrentam preços elevados. Hong Kong lidera com US$ 3,578 por litro (R$ 18,63), reflexo de impostos altos e custos logísticos. A Europa domina o ranking, com nações como Islândia e Dinamarca aplicando taxas para reduzir o uso de combustíveis fósseis.

  • Hong Kong: US$ 3,578 (R$ 18,63), devido a impostos e importação.
  • Islândia: US$ 2,467 (R$ 12,64), com altas taxas ambientais.
  • Mônaco: US$ 2,330 (R$ 13,24), reflexo de custos logísticos e tributação.
  • Liechtenstein: US$ 2,099 (R$ 12,33), com impostos elevados.
  • Países Baixos: US$ 2,190 (R$ 12,17), foco em sustentabilidade.
  • Suíça: US$ 2,099 (R$ 12,06), com políticas fiscais rígidas.
  • Dinamarca: US$ 2,228 (R$ 11,99), alta tributação ambiental.
  • Singapura: US$ 2,124 (R$ 11,79), dependência de importação.
  • Barbados: US$ 2,114 (R$ 11,73), custos logísticos elevados.
  • Israel: US$ 2,114 (R$ 11,58), com impostos significativos.

Esses preços, registrados em agosto de 2025, mostram como políticas fiscais e ambientais impactam diretamente os consumidores, incentivando alternativas como transporte público e veículos elétricos.

Impactos nos consumidores

Os preços da gasolina afetam diretamente o custo de vida e as escolhas de mobilidade. Em países como o Irã, o baixo custo do combustível facilita o uso de veículos particulares, mas pode desencorajar investimentos em transporte público. Já em nações como Hong Kong e Islândia, os altos preços pressionam os motoristas a buscar alternativas, como carros elétricos ou bicicletas.

A diferença de preços também influencia a economia local. Em países com gasolina barata, o transporte de mercadorias é mais acessível, reduzindo o custo de produtos. Em contrapartida, nações com preços elevados enfrentam pressões inflacionárias, já que o custo do transporte impacta alimentos, bens e serviços.

Estratégias para economizar combustível

Independentemente do preço do litro, motoristas em todo o mundo podem adotar práticas para reduzir o consumo de gasolina. Pequenas mudanças no comportamento ao dirigir e na manutenção do veículo podem gerar economias significativas, especialmente em países com preços altos.

  • Dirigir de forma eficiente: Evitar acelerações bruscas e manter velocidade constante.
  • Manutenção regular: Pneus calibrados e revisões periódicas melhoram a eficiência.
  • Pesquisar preços: Comparar valores entre postos pode reduzir custos.
  • Evitar o tanque na reserva: Combustíveis de baixa qualidade prejudicam o motor.
  • Uso de aplicativos: Ferramentas digitais ajudam a encontrar preços mais baixos.

Essas estratégias, aplicáveis em qualquer contexto, ajudam a mitigar o impacto dos preços, especialmente em nações onde o litro é mais caro.

Diferenças regionais e políticas públicas

As disparidades nos preços da gasolina refletem escolhas políticas distintas. Na América do Sul, a Venezuela contrasta com o Uruguai, onde o litro custa R$ 10,71, devido a diferenças em subsídios e tributação. Na Europa, países como Noruega e Holanda aplicam impostos altos para financiar a transição energética, enquanto nações do Oriente Médio mantêm preços baixos para estimular a economia.

O Brasil, com R$ 6,15 por litro, fica abaixo da média global de R$ 7,10, mas o preço ainda pesa no orçamento, especialmente considerando a renda média. A posição do país no ranking reflete uma combinação de produção interna e impostos moderados, mas ajustes frequentes geram incertezas para os consumidores.

Curiosidades sobre os preços globais

Os preços da gasolina revelam particularidades sobre as economias globais. Algumas nações surpreendem pela forma como gerenciam os custos do combustível, enquanto outras refletem desafios logísticos ou políticas específicas.

  • Noruega: Apesar de ser um grande produtor de petróleo, aplica impostos altos, elevando o preço a R$ 11,50.
  • Venezuela: Subsídios mantêm o litro quase gratuito, mas a crise econômica limita o acesso.
  • Hong Kong: A falta de espaço para postos aumenta os custos operacionais.
  • Egito: Subsídios estatais garantem preços baixos, mesmo com desafios econômicos.
  • Islândia: A localização remota eleva os custos de importação e distribuição.

Essas curiosidades mostram como fatores geográficos, econômicos e políticos moldam o mercado global de combustíveis.

Fonte: Mix Vale