Por Andréia Vita
Durante o mês de junho, os preços dos CBios atingiram suas mínimas do ano, sendo negociados a R$ 66,50 por CBio no dia 10 de junho. “Esse valor reflete o pessimismo do mercado, a tolerância do governo com as distribuidoras que judicializaram suas metas individuais de CBios e a elevada oferta de créditos no mercado”, ressalta o Radar Agro do ItaúBBA, em seu monitoramento quinzenal do RenovaBio.
O relatório mostra que do lado da oferta, as fortes vendas domésticas de etanol pelas usinas resultaram em um nível elevado de escrituração de CBios, já que os créditos só podem ser escriturados no momento da venda, e não durante a produção. No entanto, estima-se que as vendas de etanol pelas usinas diminuirão nos próximos meses, invertendo o movimento observado em 2023, quando as vendas no segundo semestre foram maiores que no primeiro. Com a redução das vendas de biocombustíveis, espera-se uma menor escrituração de CBios, diminuindo assim a oferta de créditos de descarbonização.
O preço médio das negociações em 28 de junho foi de R$ 77,83 por CBio, seguindo a tendência de queda observada ao longo do ano, representando um valor 21% abaixo da média de 2024. A queda acentuada no dia 10 de junho, com o valor mínimo de R$ 66,50 por CBio, foi a menor desde setembro de 2022. O volume negociado de CBios em junho aumentou 5%, atingindo 6,1 milhões de créditos comercializados, mas ainda ficou 11% abaixo do mesmo mês no ano passado.
Fonte: Jornal Cana