Rabobank prevê entre 600 e 640 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul em 2026-2027

Foto: Wenderson Araujo/CNA

O banco holandês Rabobank prevê uma moagem de 600 a 640 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul em 2026-2027, com a produção de açúcar oscilando entre 39,5 milhões e 42,1 milhões de toneladas. O volume do adoçante representaria de uma estabilidade até um incremento de 6% ante o estimado para o ciclo vigente, de 39,7 milhões de toneladas, que se encaminha para o fim. As informações são do relatório sobre perspectivas para o agronegócio brasileiro divulgado pelo banco e que foram detalhadas em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 29.

Conforme o relatório do RaboResearch, o clima em 2025 tem sido mais “ameno”, mas as condições climáticas do verão serão um “determinante crucial” da moagem em 2026-2027. O estrategista global de açúcar do Rabobank, Andy Duff, acrescenta que 70% do desenvolvimento do canavial ocorre entre outubro e março, meses fundamentais para definir a moagem.

“Até agora, parece haver um consenso de que existe o potencial para uma safra grande, de 620 milhões de toneladas ou mais”, aponta o documento. Já conforme levantamento feito pelo NovaCana com oito empresas e consultorias, devem ser esmagadas 616 milhões de toneladas na temporada que começa em abril.

Além disso, um amplo plantio de cana de 18 meses no primeiro trimestre de 2025 indica que tanto a área a ser colhida quanto a produtividade média em 2026-2027 podem superar as de 2025-2026, sob premissa de um verão “normal”, de acordo com o banco.

O Rabobank ainda destaca que o impacto da queda no preço de açúcar em 2025 na receita das usinas na atual temporada poderia ser suavizado pela fixação de preços do produto, porém, a queda no teor de ATR por tonelada da cana indica um aumento de custos, enquanto os juros consomem caixa. Com isso, a safra 2025-2026 deverá ter margens mais estreitas em comparação com safras recentes. O texto completo, com análises sobre o etanol, está na versão restrita para assinantes do site Nova Cana.

Fonte: NovaCana