
Foto: Divulgação/Stellantis
Por Ryan Cardoso
O crescente interesse por veículos sustentáveis no Brasil tem sido notório, especialmente após a implementação do Programa Carro Sustentável. Este programa governamental visa estimular o mercado automotivo por meio da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros de até 1.0 litro com potência máxima de 115 cv.
O resultado? Um aumento de 13% nas vendas desses veículos em julho de 2025 em comparação com o mês anterior, conforme dados da Fenabrave, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Esse crescimento é parte de uma iniciativa mais ampla do governo para impulsionar as vendas de automóveis, reanimando o setor após anos de desafios econômicos.
O impacto positivo do programa foi comemorado por figuras públicas, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, que destacou o sucesso do programa durante visitas a concessionárias. Várias montadoras abraçaram a ideia e adicionaram descontos adicionais ao já reduzido preço imposto pela isenção do IPI.
Combinando esses esforços, o programa não apenas impulsionou as vendas, mas também trouxe opções mais acessíveis para os consumidores brasileiros, que viram a categoria 1.0 se tornar um ponto de entrada atrativo para novos compradores de veículos, com grande representatividade entre os emplacamentos totais no país.
Quais são os critérios para um veículo estar no programa Carro Sustentável?
Para participar do Programa Carro Sustentável, um veículo deve atender a uma série de requisitos rigorosos. Primeiramente, ele deve ser produzido no Brasil e equipado com um motor flex, garantindo baixa emissão de poluentes.
A potência não pode ultrapassar 115,5 cv e existem limites de peso a serem respeitados. Além disso, o programa enfatiza a importância da reciclabilidade, exigindo padrões que garantem a sustentabilidade do carro. Por fim, os veículos precisam cumprir parâmetros de segurança e resistência estrutural, assegurando que a economia no preço não comprometa a segurança dos usuários.
Como o governo planeja manter o equilíbrio fiscal com o IPI Verde?
Com a introdução do IPI Verde, o governo pretende balancear as contas públicas, aumentando impostos sobre veículos mais poluentes. Essa medida, alinhada ao Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), promete reformular as regras de cobrança de acordo com a eficiência energética e o impacto ambiental dos veículos.
Os critérios para a taxação agora priorizam a nota ambiental, em vez de focar apenas na potência do motor e emissões de gases. Esse novo sistema proporciona um incentivo para que montadoras invistam em tecnologias mais limpas, premiando, efetivamente, quem adere a práticas sustentáveis.
Fonte: BM&C News