Preocupação com o tarifaço dos EUA marca a abertura da Fenasucro & Agrocana

Fenasucro & Agrocana – Foto: Fenasucro/Divulgação

A 31ª edição da Fenasucro & Agrocana iniciou com um clima de incerteza e apreensão em relação às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo reportagem do portal AgFeed, este impacto afeta nichos estratégicos como a cota nordestina e o etanol de cana-de-açúcar para a Califórnia.

Lideranças do setor alertaram sobre o risco de inviabilizar exportações e defenderam negociações governamentais para mitigar os impactos. A feira, a maior de bioenergia do mundo, atrai mais de 600 marcas e espera superar R$ 10,7 bilhões em negócios.

O açúcar brasileiro, beneficiado por cotas sem impostos nos EUA, enfrenta desafios com as novas tarifas, ameaçando nichos como o açúcar orgânico e o “special sugar”. Com os EUA impondo tarifas, a exportação para a Califórnia pode se tornar impraticável, impactando até mesmo o mercado de etanol, vital para as metas ambientais do estado.

O presidente da Bioenergia Brasil, Mário Campos, destacou a mobilização do setor para buscar soluções diplomáticas. Enquanto isso, o presidente da UNICA, Evandro Gussi, enfatizou a injustiça das tarifas sobre um setor valioso e de alta resiliência, especialmente no Nordeste.

O vice-presidente Geraldo Alckmin enviou mensagem reafirmando o compromisso do governo em apoiar o setor afetado. A Fenasucro & Agrocana, que vai até 15 de agosto, foca em transição energética e inovação, atraindo visitantes de mais de 60 países.

Íntegra da matéria: AgFeed