
Por Gabrielle Rumor Koster
Entre os dias 6 e 12 de abril, os preços do etanol caíram na média nacional, enquanto os da gasolina subiram. O renovável baixou 0,2%, de R$ 4,28 por litro para R$ 4,27/L, e seu concorrente fóssil subiu 0,2% na semana, de R$ 6,31/L para R$ 6,32/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos. Dessa forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Assim, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 67,6% na média nacional, abaixo dos 67,8% do período anterior. Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em seis estados.
Segundo dados do boletim da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) do último dia 9, a defasagem da gasolina ante o valor de importação estava em 5%. Um dia antes, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o preço dos combustíveis tem “todas as condições” para ser reduzido, considerando a queda na cotação do petróleo no mercado internacional.
De 7 a 11 de abril, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,746/L, alta de 0,2% frente aos R$ 2,7398/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram um aumento de 0,1% e as mato-grossenses caíram 0,3%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Variações nos estados
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 373 cidades brasileiras, quatro a mais do que na semana anterior.
De acordo com a ANP, de 6 a 12 de abril, os preços médios do etanol caíram em 12 estados e no Distrito Federal, aumentaram em oito e ficaram estáveis em seis. Já os da gasolina tiveram queda em 14 unidades da federação, subiram em oito e se mantiveram em cinco.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível reduziu 1%, para R$ 4,12/L, enquanto a gasolina baixou 0,6%, para R$ 6,14/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 67,1%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,08/L, com queda de 1,9%. Já a gasolina baixou 1% na semana, para R$ 6,16/L. Dessa forma, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 66,2%, com vantagem econômica para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou diminuição de 0,7% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,26/L; e a gasolina teve elevação de 0,2%, para R$ 6,16/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 69,2% do preço do combustível fóssil, retornando para um nível economicamente favorável.
Em Mato Grosso, o valor médio do etanol subiu 5,1%, para R$ 4,15/L, enquanto a gasolina ampliou 1,6%, para R$ 6,30/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 65,9%, considerada a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol baixou 1%, para R$ 4,06/L, menor valor entre os estados, e a gasolina caiu 0,3%, para R$ 6,12/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 66,3% do preço de seu concorrente fóssil.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 67,7% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol caiu 0,4%, para R$ 4,49/L, e o da gasolina baixou 0,2%, para R$ 6,63/L.
Fonte: NovaCana