Preços do açúcar têm leve recuperação com apoio da alta expressiva do petróleo

Açúcar mascavo e branco – Foto azerbaijan_stockers freepik

Após uma sequência de quedas acentuadas, os preços do açúcar encerraram esta quinta-feira (23) em alta nas bolsas internacionais, impulsionados pelo forte avanço do petróleo. O movimento de recuperação foi sustentado pela valorização acima de 5% do barril, o que elevou também os preços da gasolina e do etanol e trouxe suporte às cotações do adoçante.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 subiu 0,19 cent, para 15,24 cents/lbp (+1,26%). O maio/26 avançou 0,17 cent, cotado a 14,72 cents/lbp (+1,17%). O julho/26 ganhou 0,15 cent, a 14,58 cents/lbp (+1,04%), enquanto o outubro/26 encerrou a 14,79 cents/lbp, com valorização de 0,15 cent (+1,02%).

Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 registrou alta de US$ 3,30, negociado a US$ 437,80 por tonelada (+0,76%). O março/26 avançou US$ 3,50, para US$ 433,40 por tonelada (+0,81%). O maio/26 subiu US$ 3,90, cotado a US$ 428,50 por tonelada (+0,92%), e o agosto/26 fechou em US$ 424,50 por tonelada, elevação de US$ 3,30 (+0,78%).

De acordo com o portal Barchart, os preços do petróleo bruto e da gasolina subiram fortemente pelo segundo dia consecutivo, com o barril registrando a maior alta em duas semanas e a gasolina, a maior em três. A escalada foi motivada pelo endurecimento das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia à energia e à infraestrutura da Rússia, o que pode reduzir a oferta global de petróleo e elevar os custos de combustíveis fósseis.

A alta do petróleo tende a fortalecer os preços do etanol, incentivando as usinas brasileiras a destinarem uma parcela maior da cana-de-açúcar para a produção do biocombustível — movimento que pode reduzir a oferta global de açúcar.

Na safra atual do Centro-Sul do Brasil, o mix de produção segue mais açucareiro, com percentual acima de 50% voltado ao adoçante, o que tem contribuído para o aumento da oferta e pressionado os preços nas últimas semanas. Nesta semana, a Datagro projetou que a produção de açúcar em 2026/27 deve crescer 4%, considerando um “mix” de 52% do total moído destinado ao açúcar, patamar semelhante ao observado no ciclo atual.

Fonte: Notícias Agrícolas