
Os preços do açúcar encerraram esta quinta-feira (6) em alta nas bolsas internacionais, revertendo as perdas iniciais do dia. O movimento foi impulsionado pela valorização do real brasileiro frente ao dólar, que atingiu o maior patamar em quatro semanas e estimulou o fechamento de posições vendidas nos contratos futuros do adoçante.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,08 cent (+0,6%), cotado a 14,19 cents/lbp. O vencimento maio/26 subiu 0,10 cent (+0,7%), para 13,85 cents/lbp, enquanto o julho/26 ganhou 0,08 cent (+0,6%), fechando a 13,79 cents/lbp. Já o outubro/26 registrou valorização de 0,07 cent (+0,5%), negociado a 14,05 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, as cotações também apresentaram recuperação. O contrato dezembro/25 subiu 20 pontos (+0,05%), a US$ 412,90/tonelada. O vencimento março/26 avançou 210 pontos (+0,5%), cotado a US$ 407,40/tonelada, enquanto o maio/26 aumentou 300 pontos (+0,7%), para US$ 403,40/tonelada. O contrato agosto/26 encerrou com alta de 320 pontos (+0,8%), a US$ 400,30/tonelada.
A alta do açúcar foi favorecida pela queda do dólar ante o real, em meio à reação positiva do mercado à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic em 15% ao ano. O Banco Central reforçou que pretende manter os juros em nível “significativamente contracionista” por um “período bastante prolongado”.
O tom do comunicado fortaleceu a leitura de que a Selic permanecerá estável pelo menos até o início de 2026, ao passo que os Estados Unidos seguem reduzindo suas taxas. O diferencial de juros tem aumentado o apetite de investidores estrangeiros por ativos brasileiros, contribuindo para a valorização da moeda nacional.
Mesmo com a recuperação desta quinta-feira, o mercado de açúcar ainda opera próximo das mínimas de quase cinco anos, registradas ontem em Nova Iorque. As perspectivas de aumento na produção brasileira e as estimativas de superávit global continuam limitando a recuperação dos preços, segundo analistas do setor.
Fonte: Notícias Agrícolas