
Os contratos futuros do açúcar fecharam o pregão desta terça-feira (29) em alta nas bolsas de Nova Iorque e Londres. O movimento positivo foi impulsionado por uma combinação de fatores, com destaque para a valorização do petróleo, sinais de recuperação da demanda global e indicadores menos favoráveis da safra brasileira.
De acordo com o Barchart, a forte alta do petróleo bruto — com avanço superior a 3% no dia e o WTI atingindo a máxima em duas semanas — deu suporte ao mercado açucareiro. A valorização do combustível tende a elevar os preços do etanol, o que pode levar as usinas a direcionarem uma parcela maior da cana para a produção de biocombustível, reduzindo a oferta global de açúcar.
“A força dos preços do petróleo bruto está sustentando os ganhos do açúcar (…), o que beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a direcionar a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar”, destacou o Barchart.
Outro fator citado pelo serviço de informações financeiras foi a recuperação da demanda diante dos preços mais baixos registrados recentemente. “Os sinais de que a recente queda dos preços do açúcar para mínimas de quatro anos provocou uma retomada da demanda são positivos para os preços”, afirmou o Barchart, apontando como exemplo o salto de 1.435% nas importações chinesas em junho, que chegaram a 420 mil toneladas.
A Reuters também enfatizou a contribuição da demanda para o avanço das cotações e acrescentou que o ATR (Açúcar Total Recuperável) mais baixo do que o esperado no Centro-Sul do Brasil é outro elemento que vem favorecendo os preços. Segundo a agência, o Paquistão estaria entre os países que buscaram suprimentos recentemente.
Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato outubro/25 subiu 0,16 cent (+0,97%) e fechou a 16,59 cents/lbp. O março/26 avançou 0,14 cent (+0,82%), encerrando a sessão a 17,19 cents/lbp. O maio/26 registrou alta de 0,13 cent (+0,78%), para 16,86 cents/lbp, enquanto o julho/26 foi negociado a 16,72 cents/lbp, com valorização de 0,11 cent (+0,66%).
Em Londres, o contrato outubro/25 teve leve alta de 0,50 dólar (+0,11%), cotado a US$ 475,30/tonelada. O dezembro/25 avançou 1,60 dólar (+0,34%), para US$ 467,70/tonelada. O março/26 subiu 3,30 dólares (+0,70%), fechando a US$ 471,50/tonelada, e o maio/26 encerrou o pregão em US$ 473,10/tonelada, com valorização de 3,70 dólares (+0,78%).
Fonte: Notícias Agrícolas