O petróleo está a negociar em alta nesta terça-feira (12), depois de um dia no qual os Estados Unidos da América (EUA) apontaram o caminho sobre dois importantes parceiros comerciais. Por um lado, o país estendeu por mais 90 dias a trégua comercial com a China, à qual já ameaçou impor sanções secundárias pela importação do crude russo, o que dá mais tempo para as partes encontrarem uma solução comercial e para os mercados acomodarem estas movimentações.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitou ainda uma conferência, na segunda-feira, para sacudir a pressão relativamente ao encontro que irá ter com o homólogo russo na sexta-feira (15), dizendo que não lhe cabe “fazer um acordo” de cessar-fogo na Ucrânia, estando apenas disponível para mediar essas negociações.
Nesta manhã, o preço do Brent, índice de referência para a Europa, negoceia nos 66,84 dólares por barril, o que representa uma subida de 0,32%. Já o West Texas Intermediate (WTI), a referência americana, negoceia nos 64,12 dólares, uma subida de 0,16%. Ambos os valores estão próximos de mínimos de dois meses.
Segundo Vandana Hari, analista da empresa de análise de mercados petrolíferos Vanda Insights, só depois da reunião de sexta-feira é que o petróleo deverá encontrar um novo rumo. “Antecipo que o crude permaneça neste intervalo [de preço] até à reunião de sexta-feira, mas um pouco vulnerável a pressões em baixa”, sublinhou a especialista, citada pela Bloomberg.
Isto porque da reunião entre Trump e Vladimir Putin devem sair novos indicadores sobre as sanções secundárias que os EUA têm ameaçado aplicar a países importadores de petróleo russo. Recentemente, a China afirmou que continuará a comprar o crude russo.
Fonte: Diário Econômico
