Planejamento do solo é chave para produtividade e sustentabilidade na próxima safra

Lavoura de soja – Foto: Wenderson Araujo/CNA

O sucesso da safra começa muito antes da semeadura. Segundo especialistas, o período pós-colheita é o momento ideal para avaliar, corrigir e preparar o solo, garantindo maior produtividade e resiliência frente às variações climáticas.

Para Maurício Komori, especialista em manejo de solo e gerente de P&D de Mercado da Agronelli Soluções, o solo é a base de todo sistema produtivo. “Sem um diagnóstico adequado, o produtor corre o risco de investir em sementes e fertilizantes de alta tecnologia sem colher o resultado esperado”, afirma.

Além da química: solo físico e biológico também importam

O diagnóstico do solo não deve se limitar à análise química. É fundamental avaliar também as condições físicas, como compactação e infiltração, e biológicas, que indicam a saúde da microbiota e a presença de microrganismos benéficos.

Komori destaca que ferramentas modernas permitem medir a saúde biológica do solo, proporcionando uma agricultura mais eficiente e sustentável.

Manejo corretivo profundo maximiza resultados

Com os dados do diagnóstico, o produtor pode aplicar correções adaptadas à realidade da propriedade. O manejo deve considerar todas as camadas do solo, incluindo as mais profundas, para garantir que as raízes acessem água e nutrientes mesmo em períodos de estresse hídrico.

Entre as tecnologias recomendadas, Komori cita o Agrosilício, um silicato de cálcio e magnésio que corrige o pH, fornece nutrientes e disponibiliza silício às plantas, fortalecendo-as contra pragas, doenças e seca. “O silício funciona como uma vacina natural, melhora a eficiência no uso da água e ainda contribui para reduzir a pegada de carbono”, explica.

Visão integrada da propriedade garante rentabilidade

O planejamento do solo deve abranger todo o sistema produtivo, não apenas uma cultura isolada. É importante considerar segunda safra, como milho, trigo ou sorgo, com o mesmo cuidado dedicado à soja.

Práticas como plantas de cobertura, manutenção da palhada e conservação da matéria orgânica fortalecem o solo, devolvem vitalidade e garantem rentabilidade sustentável a longo prazo. “A produtividade começa debaixo da terra. Quando o solo é bem cuidado, todo o sistema responde melhor – da germinação ao enchimento de grãos, da sanidade ao potencial produtivo”, conclui Komori.

Conclusão: solo saudável, safra de sucesso

Investir tempo e recursos no manejo do solo é essencial para reduzir riscos e maximizar resultados. Com diagnóstico completo e correções em profundidade, o produtor aumenta o potencial das lavouras, garantindo produtividade, sustentabilidade e retorno financeiro.

Fonte: Portal do Agronegócio