PL ‘Combustível do futuro’ vira queda de braço setorizada

Objetivo é elevar o porcentual de biodiesel no diesel até 20% Foto: Be8/Divulgação

A discussão sobre o aumento da mistura de biodiesel no óleo diesel vendido no Brasil tem provocado um impasse entre o agronegócio e o setor de energia, do qual faz parte a Petrobras. Essa medida foi incluída em um projeto de lei que pode ser votado nos próximos dias na Câmara dos Deputados, batizado de “Combustível do Futuro”. A proposta faz parte da chamada “agenda verde” abraçada pelo Legislativo com o objetivo de tornar o País mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia.

De olho na agenda global mais sustentável, com a redução de emissões de carbono no país, o Projeto de Lei (PL) chamado “Combustível do Futuro”, acirra discussões em torno do aumento da mistura de biodiesel no óleo díesel vendido no país. Há uma espécie de impasse entre os setores do agronegócio e o da energia, onde a Petrobras se encontra. O PL pode ser votado nos próximos dias e prevê iniciativas tais como os programas de combustível sustentável de aviação, diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. O relator do projeto é o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Com o objetivo de tornar o combustível cada vez menos poluente,  a proposta aumentar a mistura de biodiesel no óleo diesel gradualmente, chegando a 20% em 2030, com adição de um ponto porcentual ao ano, conforme o parecer protocolado por Jardim na Câmara.  Na reportagem do Estadão, a queda de braço entre os setores do agronegócio e de energia aponta os diferentes pontos de vista dos setores, especialmente em relação a esse percentual , que hoje  está em 14%. Integrantes do setor de biodiesel avaliam que a Petrobras vem apresentando resistência ao aumento da mistura no óleo diesel proposto. As resistências também são atribuídas às companhias transportadoras, bem como a fabricantes de veículos elétricos, que  também têm espaço no Senado.

Fonte: Estadão