
Os preços do petróleo seguem em alta esta segunda-feira (28), impulsionados pelo optimismo gerado pelo novo acordo comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia, que ajudou a acalmar os receios de uma guerra tarifária prolongada. O Brent está a avançar 0,57% para 68,83 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) soma 0,52% e negoceia nos 65,50 dólares.
O entendimento entre Washington e Bruxelas, que fixa tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, aliviou o clima de incerteza nos mercados e abriu espaço para uma recuperação nos preços da energia. Em paralelo, a possibilidade de um prolongamento da trégua comercial com a China está também a sustentar o sentimento positivo.
“Com o risco de uma guerra comercial prolongada e a relevância dos prazos de Agosto a esvaziarem-se gradualmente, os mercados têm respondido de forma construtiva”, afirmou Tony Sycamore, analista da IG Markets, citado pela Reuters.
Ainda esta segunda-feira, negociadores norte-americanos e chineses têm reunião marcada em Estocolmo, capital da Suécia, para discutir a extensão da trégua tarifária, que termina a 12 de Agosto.
Apesar do impulso, os ganhos estão a ser travados pelas expectativas em torno da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), marcada para o início da tarde. O painel de monitoramento da aliança deve manter o plano de aumentar a produção em Agosto em 548 mil barris por dia, segundo fontes ouvidas pela Reuters. A expectativa do mercado é que o grupo continue a recuperar a quota de mercado à boleia da procura sazonal.
O banco ING antecipa que, até final de Setembro, sejam devolvidos os 2,2 milhões de barris por dia correspondentes aos cortes voluntários adicionais implementados no início do ano, com um eventual reforço da oferta em Setembro de pelo menos 280 mil barris diários.
Segundo analistas da JP Morgan, a procura global de petróleo subiu 600 mil barris por dia em Julho, face ao ano anterior, ao mesmo tempo que os stocks aumentaram 1,6 milhões de barris por dia.
Fonte: Diário Econômico