Depois do tombo da véspera, o petróleo saltou mais de 2% nesta quarta-feira (11) com os riscos de oferta da commodity se sobrepondo às preocupações sobre a demanda. Os investidores monitoraram a aproximação do furacão Francine aos Estados Unidos e novos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em alta de 2,05%, a US$ 70,61 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Por Liliane de Lima
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro subiram 2,37%, a US$ 67,31 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com petróleo hoje?
A recuperação do petróleo teve como gatilho a escalada das tensões no Oriente Médio. As forças israelenses mataram pelo menos seis palestinos em incidentes separados na Cisjordânia, à medida que as tropas continuam uma operação prolongada contra grupos militantes no território.
Israel tem conduzido uma série de operações no norte do país nas últimas duas semanas, com incursões prolongadas em Tubas, Jenin e Tulkarm. Todas as três cidades têm uma forte presença de facções armadas, incluindo Hamas, Jihad Islâmica — apoiada pelo Irã —, e Fatah.
Além disso, os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 833 mil barris na semana encerrada em 6 de setembro, segundo dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam alta de 700 mil barris.
Ontem (10), os barris de petróleo Brent terminaram o dia cotados abaixo de US$ 70, no menor nível desde dezembro de 2021, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduzir a sua previsão de demanda global pela segunda vez em dois meses.
O grupo agora espera que a demanda cresça em cerca de 2 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, cerca de 80 mil bpd a menos do que a previsão anterior. Já para 2025, a expectativa é de aumento de 1,7 milhões de bpd, 40 mil bpd abaixo do previsto originalmente.
Vale lembrar que, na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) concordou em adiar um aumento planejado na produção de petróleo para outubro e novembro, depois que os preços do petróleo atingiram o menor nível em nove meses no início do mês. Na ocasião, o grupo afirmou que pode pausar ou reverter os aumentos se necessário.
Fonte: Money Times