Petróleo fecha em alta após quatro sessões de queda, com Trump na ONU e pressão sobre óleo russo

Navio-tanque russo de tamanho Aframax — Foto: Divulgação/Rosneft

Os contratos futuros de petróleo encerraram o dia em forte alta nesta terça-feira (23/09), tentando reverter as perdas acumuladas nas quatro sessões anteriores. O movimento foi impulsionado depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar impor tarifas à Rússia e acusou o Hamas de recusar propostas de paz em Gaza. As tensões geopolíticas também contribuíram para o cenário.

O barril do WTI para entrega em novembro, negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), subiu 1,81% (US$ 1,13, cerca de R$ 6,03, na cotação atual), fechando a US$ 63,41 (R$ 338,44). Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), teve alta de 1,51% (US$ 1,00, cerca de R$ 5,34), encerrando o dia em US$ 66,97 (R$ 357,46) o barril.

Pressões geopolíticas e discursos de Trump impulsionam preços do petróleo

Nesta terça-feira (23), o presidente Donald Trump afirmou que o Hamas tem recusado acordos de paz e pediu mais esforços para encerrar a guerra na Ucrânia. Ele também criticou duramente países que, segundo ele, financiam o conflito ao continuar comprando petróleo da Rússia — como é o caso de China e Índia.

Esse cenário ajudou a puxar as cotações do petróleo para cima, já que Trump reforçou seu apelo para que os países da União Europeia interrompam a compra de petróleo russo, destacou Robert Yawger, do banco Mizuho. O movimento de alta também foi intensificado pelo adiamento das exportações de petróleo do Curdistão para o mercado internacional, após um impasse entre as empresas do setor e o governo do Iraque.

Por outro lado, a consultoria Rystad Energy aponta que a rápida reversão dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) e o excesso de 2,14 milhões de barris por dia de petróleo bruto previsto para o quarto trimestre devem pressionar os preços para baixo nos próximos meses.

Fonte: Times Brasil