Os contratos futuros do petróleo terminaram em baixa nesta terça-feira, 4, em um cenário de receio generalizado que impacta negativamente os mercados de ações e commodities. Os investidores ainda refletem sobre a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de manter a produção estável até o início de 2026, após anunciarem um aumento em dezembro.
O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrou em queda de 0,80% (US$ 0,49), cotado a US$ 60,56 o barril. O Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), caiu 0,69% (US$ 0,45), ficando em US$ 64,44 o barril.
O aumento dos temores sobre uma possível correção no mercado nos próximos dois anos afetou o sentimento de risco global, refletindo nos preços do petróleo.
CEOs da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley alertam que investidores devem se preparar para uma possível queda de até 15% no mercado acionário dos Estados Unidos nos próximos 12 a 24 meses.
Além disso, a suspensão da Opep+ pode se estender durante 2026 devido ao crescimento significativo nos estoques dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme análises do Goldman Sachs. A entidade anunciou no domingo que irá aumentar sua oferta em 137 mil barris por dia (bpd) em dezembro, mas manterá a produção estável no primeiro trimestre de 2026.
Com os aumentos contínuos da produção do cartel, juntamente com os Estados Unidos, Canadá e Guiana neste ano, o mercado enfrentará um excedente considerável de 4 milhões de bpd em 2026, destacam os especialistas do Société Générale. As aquisições da China, estimadas em quase 500 mil bpd, não serão suficientes para equilibrar a pressão de queda nos preços do petróleo.
Fonte: Notícias do Planalto
