
O preço do petróleo registou valorização esta sexta-feira, com o West Texas Intermediate (WTI) a subir 0,20% para 65,11 dólares e o Brent a avançar 0,03% para 69,44 dólares. Apesar da variação no dia, o crude mantém-se a caminho de um ganho semanal superior a 4%, o mais elevado desde Junho, impulsionado por tensões geopolíticas e pela suspensão das exportações de combustíveis da Rússia.
Os ataques ucranianos contra infra-estruturas energéticas russas levaram Moscovo a suspender parte das exportações de gasóleo até ao final do ano e a prolongar o embargo à gasolina. A pressão sobre a capacidade de refinação pode obrigar o país a reduzir a produção de crude, já com algumas regiões a reportarem escassez de combustíveis.
Em paralelo, o regresso das exportações do Curdistão poderá adicionar até 500 mil barris por dia ao mercado global, o que pode atenuar parte da pressão sobre os preços, segundo o banco ANZ. A valorização ocorre num contexto de maior pressão diplomática dos Estados Unidos sobre países compradores de energia russa.
O presidente Donald Trump pediu à Turquia que suspenda as importações de Moscovo e discutiu a segurança energética com os líderes da Hungria e da Eslováquia. Apesar da escalada de tensões, analistas lembram que o mercado do crude permanece dentro de um intervalo estreito desde Agosto, com projecções de excedente para o final do ano devido ao aumento da produção da OPEP+ e de produtores independentes.
Fonte: Mercado & Finanças