Por Marcela Toniolo Malafaia
As perdas da Petrobras (PETR3;PETR4) não seriam tão grandes caso a estatal decidisse congelar os preços da gasolina e do diesel, segundo o Goldman Sachs.
De acordo com o relatório, o acontecimento não afetaria de forma significativa os resultados da petrolífera no atual cenário de alta nos preços do petróleo.
Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins afirmaram que o Ebitda da Petrobras diminuiria em torno de US$ 900 milhões a cada US$ 10 de desconto nos preços dos combustíveis sobre os valores internacionais.
Contudo, o banco afirma que, a cada US$ 10 no aumento do barril do Brent, poderia levar a um aumento de US$ 3 bilhões no Ebitda, devido a robustez em suas operações de exploração e produção.
“Esse não é um cenário que vemos como factível dado o atual arcabouço de governança da Petrobras”, ressaltam. Além disso, os analistas destacam que é improvável que a petrolífera assuma os custos de importação de gasolina e diesel.
O banco também afirma que a preferência no setor de petróleo e gás se mantém com a Prio (PRIO3), devido à exposição direta com a commodity. Porém, a Petrobras ainda mantém boas perspectivas de geração de caixa e pagamento de dividendos, apesar dos riscos políticos.
Com isso, a recomendação do Goldman Sachs é de compra, com preço alvo de US$ 19,30 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York. Por fim, o banco prevê um potencial de alta de 13,8% na comparação anual.
Fonte: MoneyTimes