A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) anunciou nesta 2ª feira (4.nov.2024) a prorrogação dos cortes de produção de petróleo até dezembro de 2024. A medida mantém a redução de 2,2 milhões de barris por dia. Esse movimento visa sustentar os preços do petróleo no curto prazo. Segundo analistas do UBS, a ação é vista como um passo moderado, mas essencial, para a estabilidade dos preços.
A extensão dos cortes de produção ocorre em um contexto de especulações sobre um possível aumento de produção, o que gerava preocupações no mercado. A Opep+ busca tranquilizar o mercado, mantendo a contenção de produção, o que é particularmente relevante em um período de demanda sazonalmente reduzida. A organização leva em conta a dinâmica de mercado, incluindo um aumento na produção da Líbia, que já havia amenizado as restrições de oferta.
A cautela da Opep+ também se deve à adesão irregular às exigências de compensação por membros como Iraque, Cazaquistão e Rússia, que haviam excedido as metas de produção anteriores. Essa situação adiciona complexidade ao equilíbrio que a Opep+ busca manter no mercado global de petróleo. Para o futuro, o UBS estima que as discussões sobre aumentos de oferta permanecerão relevantes. O grupo tem uma reunião programada para o início de dezembro para revisar sua política.
Uma expansão na produção é esperada para 2025, quando a Opep+ avaliará as condições do mercado e os impactos da política dos EUA. O UBS projeta um mercado próximo ao equilíbrio no próximo ano e a manutenção dos cortes de produção deverá sustentar o preço do Brent em uma média de US$ 75 por barril em 2025. Após o anúncio, o preço do barril de petróleo Brent avançou 2,3%, alcançando US$ 74,81. O barril do Texas (WTI) se valorizou 2,50%, chegando a US$ 71,23.
Fonte: Poder 360