De um lado, a chinesa BYD e seus carros elétricos e de outro, as montadoras ligadas à Anfavea. As montadoras travam a queda de braços em âmbito nacional entre os veículos elétricos e os híbridos, no que diz respeito à legislação e derivações que envolvem incentivos de produção e disputas de mercado.
A Comissão de Meio Ambiente da Câmara analisa um projeto de lei antigo do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que prevê o fim da venda de veículos a gasolina e diesel até 2030 e estabelece que sejam proibidos de circular no país a partir de 2040. Nos bastidores da política, há sinais de que o Congresso deva pender para os interesses da BYD. Já no Senado, as montadoras vinculadas à Anfavea apelam para Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para barrar todos esses projetos.
O projeto em questão define que a transição energética no setor será feita com motores híbridos e que os híbridos flex, que rodam com gasolina e etanol, terão mais incentivo.
No modelo de negócio da BYD, 100% dos motores são elétricos. A fabricante obteve aprovação de seu Projeto Produtivo Básico (PPB) e produzirá baterias na Zona Franca de Manaus (AM), enquanto conclui a instalação de sua fábrica em Camaçari (BA), onde obteve incentivos fiscais.
As montadoras da Anfavea têm modelos elétricos, mas decidiram que seguirão explorando ainda as versões à combustão.
Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinante)