O Brasil destaca-se no cenário global de descarbonização graças aos seus abundantes recursos naturais e uma matriz elétrica predominantemente limpa. Contudo, para transformar essas vantagens em competitividade, o país precisa simplificar seu sistema tributário e modernizar infraestruturas, especialmente em linhas de transmissão e portos. Foi o que defenderam os palestrantes da primeira mesa do seminário “Agenda climática e oportunidades de negócios”, realizado na quinta-feira (22/05), no auditório da Folha de S.Paulo, com apoio da Vale.
Especialistas presentes ao evento, segundo reportagem da Folha, enfatizaram que o Brasil, com seus recursos renováveis e minerais abundantes, possui custos de transição energética inferiores aos de países com matrizes mais poluentes. A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, destacou a importância desses recursos na transição energética eficiente.
A demanda por minerais críticos, essenciais para tecnologias de energia limpa, deverá dobrar até 2040. A diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade, Maria Netto, ressaltou a importância de descarbonizar cadeias de valor e a necessidade de o Brasil investir em biocombustíveis de segunda geração, como o etanol 2G, que não competem com a agricultura alimentar e representam uma enorme oportunidade de crescimento sustentável.
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