A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou, durante o seminário “Enfrentando mudanças climáticas e acelerando a transição energética”, realizado pelos jornais “O Globo”, Valor e rádio CBN, que as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) do Brasil serão ambiciosas, cobrindo metas setoriais e os impactos do desmatamento. As NDCs, parte do Acordo de Paris, devem ser apresentadas até fevereiro, com a previsão de serem reveladas na COP29 em novembro de 2025. Segundo matéria do Valor Econômico, Marina destacou a importância de que todos os setores tenham metas de redução de CO2, considerando que metade das emissões brasileiras vem do desmatamento.
Roberto Schaeffer, especialista em transição energética, ressaltou que o Brasil precisa não apenas zerar as emissões de carbono, mas também se preparar para ter emissões negativas, compensando metano e óxido nitroso da pecuária e agricultura. Ele mencionou que o documento das NDCs prevê desmatamento ilegal zero até 2030. A secretária-geral do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Rosa Lemos de Sá, enfatizou a necessidade de um mix de financiamentos além dos fundos multilaterais. Especialistas também discutiram a transição energética, abordando a descarbonização e a inclusão da população sem acesso a energia. A segurança regulatória e o fortalecimento dos órgãos ambientais foram apontados como essenciais para atrair investimentos em energias renováveis no Brasil. A assessora do Observatório do Clima, Isvilaine da Silva Conceição, defendeu a necessidade de encerrar a produção de petróleo e a urgência em reconhecer a realidade das mudanças climáticas.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)