Milho será estratégico na expansão da indústria brasileira de etanol, diz SCA

Até 2028, a oferta mundial de biocombustíveis crescerá 30% em comparação aos volumes observados nos últimos cinco anos. A informação divulgada recentemente (11/01) pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) enfatiza que o Brasil será responsável por 40% dessa expansão.

O presidente da SCA Brasil, Martinho Seiti Ono, ressalta que a indústria nacional de etanol crescerá ainda mais nos próximos anos graças, entre outros fatores, à diversificação no uso de matérias-primas na fabricação do biocombustível, como é o caso do milho.

“Além da cana-de-açúcar, o milho tem incrementado de forma considerável a produção de etanol no País. Na safra passada (2022-2023), 4,43 bilhões de litros, ou 14% do total produzido, foram provenientes do milho”, informa o executivo. Ono sublinha boas perspectivas em relação ao uso desta matéria-prima no segmento de combustíveis renováveis, que vêm chamando a atenção de investidores no Brasil e no mundo.

“O fator chave para este interesse é o potencial de crescimento para o etanol de milho no Brasil. Na safra 2030-2031, os milharais ofertarão até 10 bilhões de litros de etanol, dominando 20% de mercado de combustíveis”, explica o presidente da SCA, citando dados da União Nacional de Etanol de Milho (Unem). Ono lembra que a ampla disponibilidade da fonte no País possibilita um cultivo de baixo custo e com mais de suas safras ao ano.

Análises da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) indicam que no processamento referente à segunda quinzena de dezembro do Centro-Sul, o milho serviu como fonte de 53% da produção total do biocombustível no Brasil. Foram fabricados 279,39 milhões de litros ante 202,97 milhões de litros em igual período da safra anterior. Um aumento, portanto, de 37,65%.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) das 340 usinas produtoras de etanol existentes no Brasil, oito utilizam exclusivamente o milho como fonte. Há seis em Mato Grosso, uma no Mato Grosso do Sul e outra em Goiás. Mais oito unidades são flex, capazes de produzir cana e milho. Uma está localizada no Paraná, três no Mato Grosso e quatro em Goiás.

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